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Pedir licença no ponto de força – Espiritualidade Descomplicada

Nesse programa o mestre Daniel Souza e a mestra Suely Cyrino passam conhecimentos sobre os pontos de força da natureza e ensinam a como utilizar dessas energias divinas.

Espiritualidade Descomplicada é uma série de vídeos dedicada ao esclarecimento descomplicado sobre dúvidas comuns acerca do esoterismo.

Toda Segunda e Quarta postamos assuntos diferentes sobre  diversos temas, e essas abordagens serão feitas da forma simples e direta, possibilitando um entendimento prático, aplicável em nossa vida terrena.

Um de nossos objetivos é facilitar a aplicação no dia a dia de conceitos e aprendizados tidos como exclusivamente espirituais, unindo as atividades materiais cotidianas aos conhecimentos trazidos, gerando evolução.

Que as Asas dos Arcanjos te envolvam e seus caminhos sejam cada dia mais abertos.

Um abraço, Daniel Souza!

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Orixás Umbanda

Imagem com os 14 Orixás da Umbanda

A Umbanda é linda! A Umbanda é rica!

Uma das religiões que tem se tornado muito importante no Brasil é a Umbanda.

Os Mistérios do Criador (Olorum), através dos Sagrados Orixás da natureza, nos envia vosso Axé (energia), vossa Luz, a tudo e a todos a todo momento.

Dos Sagrados Orixás se originam as hierarquias espirituais tão conhecidas como as 7 Linhas de Trabalho da Umbanda, que reconhecemos nos arquétipos dos Pretos-Velhos, dos Caboclos, das Crianças, dos Exus, Pomba Giras, etc.

Apesar de ser tão Natural, ainda pairam dúvidas que às vezes até se tornam preconceitos contra a Umbanda. Mas se são as forças da própria natureza, por que a maioria das pessoas as temem ou fogem dela?

A resposta é simples! Por puro desconhecimento teórico e prático sobre os Orixás.

Você não precisa ser umbandista para entender os fundamentos das forças da natureza. Por este motivo, preparamos um material especial, que engloba e sintetiza todo esse universo, incluindo as características de cada Orixá, suas datas comemorativas, seus elementos e símbolos, além da descrição prática de Oferendas que podem ser feitas por quaisquer pessoas.

Queremos difundir o conhecimento correto sobre cada parte das diversas manifestações espirituais e por isso, criamos o eBook Esclarecendo Dúvidas sobre a Umbanda, que pode ser baixado gratuitamente clicando aqui.

Bons estudos!

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Dicionário da Umbanda

É estudando que se aprende!

A Casa de Miguel é universalista e por isso estamos transmitindo esse post muito esclarecedor acerca da linguagem utilizada nos terreiros de Umbanda tradicionais e alguns centros de Candomblé.

A

Abadá: Túnica longa, de mangas largas, em geral branca, utilizada inicialmente por negros muçulmanos; hoje designa roupa com a qual se identificam grupos religiosos.

Abaré: Médium já desenvolvido.

Abaré-Guassu: Grande trabalho.

Abaré-Mirim: Médium em início de desenvolvimento.

Adjá: Espécie de sineta, às vezes múltipla (tem de 1 a 7 bocas), tocada nos rituais pelos pais-de-santo com a finalidade de invocar entidades e Orixás, seja para que venham participar dos trabalhos, seja para que atendam a algum pedido. É usado também para induzir os médiuns ao transe.

Agô: Pedir agô é pedir licença, pedir permissão para realizar algo, pedir perdão.

Ajeum: Nome dado para as comidas votivas servidas dentro do terreiro.

Aldeia: Terreiro; Templo; É o conjunto de pessoas nele contida (caboclo).

Alguidar: Vasilha de barro empregada para fazer a comida destinada aos Orixás, também utilizada pelos guias para a realização de alguns trabalhos como acender velas, consagrar guias de contas etc.

Amaci ou Amassi: Líquido preparado com ervas e água procedente de variadas fontes, usado para dar firmeza aos médiuns. As ervas costumam ser maceradas e ficam em repouso numa vasilha de louça por algum tempo, geralmente 7 dias(o tipo da erva e o tempo que devem ficar maceradas depende de cada Orixá). O poder das ervas e a força do ritual (colocação das ervas no ori do médium) propiciam uma conexão mais direta com o Orixá correspondente. As folhas são do orixá chefe do templo e as de Ossain.

Amuleto: Objeto com finalidade protetora (poder passivo), que se traz pendurado ao pescoço, consigo na roupa, guardado no bolso, na bolsa ou em casa. Considera-se que tenha o poder de afastar os maus fluídos que trazem doenças, má sorte, morte, etc. Pode ser medalha, figura, inscrição ou objetos, dentro de um saquinho ou qualquer objeto “preparado”, para defesa, de qualquer material: pedra, marfim, madeira, metal, pano, etc.

Aparelho: Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” do orixá ou da entidade do médium.

Aruanda: Infinito, céu, morada do criador, plano espiritual mais elevado; nome dado ao local onde estão os guias que trabalham na Umbanda.

Assitência: Grupo de visitantes em um Terreiro de Umbanda que aguardam pelo atendimento das Entidades ou apenas assistem a uma Gira.

Axé: Força, energia, poder. Pode ser a energia que está nos elementos puros da natureza ou a que está concentrada dentro de um terreiro, trazida pelos guias que ali trabalham (que formam a egrégora da casa) e pelos objetos mágicos utilizados, incluindo os fundamentos que, em geral, se encontram enterrados sob o solo do terreiro.

B

Babá: Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados. No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes: Babalorixá; Babaojê; Babalaô; Babalossain; etc. Chefe feminino nos templos de umbanda; títulos de Orixá nos Candomblé.

Babalorixá: Chefe masculino de terreiro; Sacerdote de candomblé; ou de umbanda (a umbanda também o usa = Babalaô). Denominado popularmente “pai-de-santo”, dirige tanto o corpo administrativo como o sacerdotal. Substitui o Axogum; pode colher as ervas sagradas. Orienta a vida espiritual da comunidade religiosa; quando o dirigente é mulher deve-se usar Yalorixá.

Baixar: Possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.

Banda: Lugar de origem de entidade.

Banzo: Sentimento de saudade que os escravos sentiam de sua terra natal; nostalgia. Atualmente os pretos velhos usam a expressão para designar um estado emocional aproximado de depressão.

BarracoBuraco ou Cazuá: Casa, residência da pessoa; pode ser usado também para designar um local qualquer, inclusive o próprio terreiro.

Bater Paô: Bater palmas para despertar energias e chamar entidades. Maneira de apresentar-se ao Orixá para dizer: “aqui estou para reverenciá-lo; olhe por mim!”

Bori: Ritual, em geral do Candomblé, no qual o médium oferece sua cabeça ao orixá.

Boró: Pagamento que se faz em troca de um trabalho espiritual ou de oferendas a entidades. Também usado como sinônimo de dinheiro, assim como “Pataco”; “Jimba” ou “Jimbo”; “Plata” (no caso dos ciganos) ou “Prata”; “Cobre”. Há inúmeras formas pelas quais os guias se referem à moeda corrente.

Breve: Espécie de Patuá; pequeno envelope de pano ou couro, contendo uma oração ou imagem de santo. Usado como proteção.

Burro: Modo como alguns guias (em geral os Exus) chamam seus médiuns. Estes são chamados também de Cavalo ou (no Kardecismo) de Aparelho. Em todos os casos, a ideia é a de alguém que empresta seu corpo para ser utilizado por uma entidade que precisa realizar um trabalho espiritual.

C

Cabeça Maior: Pessoa de alta hierarquia no templo.

Cabeça de Legião: Exús batizados e que controlam os mais atrasados.

Cadinho: Presente, agrado.

Calunga Pequena: Cemitério; também chamado de Campo Santo.

Calunga Grande: Mar, considerado o grande cemitério da humanidade.

Camarinha: Espaço existente nos terreiros que tem como finalidade abrigar os médiuns em suas obrigações, em certos rituais, como a feitura de santo, por exemplo. Em geral é um compartimento isolado, para que o médium possa ter tranquilidade ao realizar suas obrigações ou meditações.

Campo Santo: Sinônimo de Cemitério. O mesmo que Calunga Pequena.

Canjerê: Reunião de pessoas para a prática de cerimônias religiosas africanas, em geral para praticar o que os homens brancos chamavam de “feitiçaria”. O termo também é utilizado para designar uma dança nos moldes africanos.

Canjira: Filho homem.

Capangueiro: Termo usado no sentido de companheiro.

Caricó: Templo, Terreiro.

Carregado ou Carregada: Pessoa que está com más vibrações espirituais, o que é demonstrado por mal-estar, medo sem causa, etc.

Caruruto: Charuto.

Casa das Almas: Pequeno cômodo com velas, cruzes. Alguns templos colocam a imagem de Obaluayê.

Casa Grande: Sinônimo de Hospital ou Clínica Médica.

Casa Limpa: Templo livre de más influências e de demandas.

Catimbozeiro: Termo para chefe de Catimbó, no sentido de feiticeiro terrível.

Catira: Espécie de dança que lembra os movimentos rítmicos dos primitivos africanos. É mais praticada na zona rural: os dançarinos, em fileiras opostas, cantam e batem o pé para marcar o ritmo.

Catular: Cortar o cabelo do médium na preparação do ritual de raspagem para Iniciação.

Cavalo: Pessoa que serve de suporte para os Orixás ou Entidades. É o Médium. O mesmo que Aparelho ou Burro.

Cazuá: Terreiro, Templo, Local.

Cera dos Três Reinos: São ceras utilizadas em trabalhos de Umbanda. As 3 ceras e seus respectivos reinos correspondentes são os seguintes: 1: Carnaúba (Reino Vegetal). 2: Abelha (Reino Animal). 3: Parafina (Reino Mineral).

Chamego ou Dengo: Carinho, namoro, relações sexuais.

Chefe de Cabeça: Entidade guia protetora do médium.

Chefe de Falange: Entidade espiritual muito evoluída, já livre de reencarnação, que serve como guia a um conjunto de espíritos também adiantados e vibrantes em uma mesma corrente espiritual.

Chefe de Terreiro: Entidade responsável por orientar e coordenar os trabalhos realizados em um Terreiro de Umbanda. O mesmo que Dirigente Espiritual.

Chefe de Legião: Entidade de grande evolução espiritual, que “descem” nos terreiros representando Orixás, dentro de suas linhas ou correntes vibratórias.

Choque de Retorno: Ação de voltarem as más vibrações de um feitiço, atingindo quem o fez ou encomendou.

Coité: Cumbuca feita originalmente de uma cabaça cortada ao meio no sentido horizontal. Atualmente é feita de casca de coco seco.

Compadre: Designação para Exú.

Congá ou Oca: Casa de fé; Local onde se praticam os rituais. Em geral são chamados de Terreiros, Templos ou Tendas de Umbanda. Congá também é utilizado para denominar o “altar” onde são colocadas as estatuas (imagens) dos Orixás e Guias e algumas firmezas em uma Casa de Umbanda.

Consulta: Conversa entre Consulente e a Entidade com intuito de receber um passe e/ou desmanchar alguma demanda.


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Consulente: Pessoa que se dirige a uma Entidade com intuito de receber um passe e/ou desmanchar alguma demanda.

Corre-Corre: Sinônimo de veículo, automóvel.

Cubata: Casa muito simples, choça ou choupana.

Curiar: Comer ou beber.

D

Dar Firmeza ao Terreiro: Ato de riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.

Dar Passagem: Ato do Orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.

Deká: Ritual de comemoração do sétimo aniversário de iniciação sacerdotal. Nessas ocasiões o Pai-de-Santo responsável pelo filho que comemora os sete anos entrega a ele os instrumentos necessários à prática religiosa, principalmente aqueles que serão utilizados quando da coroação de seus próprios filhos, como facas, navalhas, tesouras, cuias.

Demanda: Desentendimento, problemas ou lutas espirituais entre Orixás ou entidades, entre terreiros, entre pessoas.

Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.

Descarregar: Livrar alguém ou um ambiente de vibrações maléficas ou negativas.

Descer: Ato do Orixá ou Entidade incorporar em um médium.

Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo (morrer). O mesmo que no Espiritismo.

Desenvolvimento: Aprendizado dos médiuns iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica, com a finalidade de incorporação de entidades.

Despachar: Ato de colocar, arriar em local determinado pelos Orixás ou Entidades suas oferendas.

Despachar Exú: Enviar Exú, por meio de Oferendas (bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedi-lo de perturbar uma cerimônia.

Despacho: Oferenda feita a Exú com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos Orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada. Oferenda a Exú com finalidade de desfazer trabalhos maléficos.

Djacutá: Originalmente é uma das qualidades de Xangô e refere-se à sua capacidade de arremessar pedras e raios. Por extensão de sentido, designa a força de determinadas pedras consagradas com fins de dar firmeza ao médium e facilitar o recebimento de boas vibrações.

E

Ebó: Alimento ritualístico que é oferecido aos Orixás ou Exús, podendo ser uma oferenda para agradar-lhe ou algo que vai servir como despacho para limpar energeticamente uma pessoa. Os alimentos, em geral, são passados pelo corpo da pessoa que está sendo tratada.

Egum: No Candomblé é um ancestral morto, cultuado pelos africanos (Iorubanos, grupo ético da Nigéria). Nas giras de Umbanda, costuma-se chamar de egum o espírito desencarnado que vaga, sem conseguir atingir sua evolução no mundo astral.

Eledá: Entidade protetora de uma pessoa, sincretizada, aqui no Brasil, com o Anjo da Guarda da cultura Cristã.

Encarnação: Ato de vir um Espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.

Enconsto: Espírito de Desencarnado que se aproxima e “encosta” nas pessoas, trazendo-lhe prejuízos emocionais, espirituais e materiais, além de abalar a saúde (uma vez que suga as energias) da pessoa que está sendo vampirizada. Rezas, passes e banhos ajudam a afastá-lo, mas o ideal é a Doutrinação, para que esse espírito encontre o caminho da Evolução.

Encruza: Local onde habitam os Exús. É o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.

Encruzar: Fazer cruzes com a Pemba na testa, nuca, mãos e pés do médium com a finalidade de protegê-lo ou de auxiliá-lo na ligação com as Falanges que vão tomar conta dos trabalhos. O encruzamento também pode ocorrer no chão do Terreiro, com a finalidade de trazer segurança aos trabalhos. Esse ritual é feito pelo Dirigente Espiritual da Casa, sob a irradiação de um ponto especificamente cantado para isso.

Engira: O mesmo que gira – trabalho – sessão.

Entidade: Seres espirituais na Umbanda.

Escora: Pessoa que suporta os ataques de espíritos obsessores sem ser prejudicada.

Escrevinhador ou Escrevedor: Lápis, caneta, qualquer coisa que escreva.

Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, superior e puro.

Espírito Sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, ainda apegado a matéria.

Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem-se doentes e prejudicando-as em todos os sentidos.

F

Falange: O mesmo que Legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente (Linha). Subdivisão das linhas de Umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigidas por um Chefe de Falange (espírito superior).

Fazer a Passagem: O mesmo que Desencarnar.

Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.

Fechar a Tronqueira: Fechar o Terreiro às más vibrações dos Quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.

Feitiço: Irradiação de forças negativas e maléficas contra alguém. Despacho. Objeto que contém vibrações maléficas para atingir a quem tocar.

Filho de Fé: Designação usada para denominar um médium de Umbanda.

Firmar: Concentrar-se para a Incorporação. Dar segurança a um ato.

Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo em um ponto especial para protegê-lo das más influências ou fazer defumação na entrada.

Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer, por meio de rituais especiais e Oferendas de comida votivas o Orixá patrono do médium.

Firmar Ponto: Cantar coletivamente o Ponto (cântico) determinado pela Entidade que vai dirigir os trabalhos, para conseguir uma concentração da corrente espiritual.

Filá: Originalmente feito de palha-da-costa, é o que recobre a cabeça de Omulú e de onde saem franjas que ocultam seu rosto. Atualmente, usa-se o termo para designar uma espécie de gorro ou lenço que o médium usa como proteção para seu Ori.

Firmeza: O mesmo que segurança. Conjunto de objetos com força mística (Axé), que enterrados no chão, protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.

Fluídos: Emanações, positivas ou negativas, das forças cósmicas, que podem ser manejadas por agentes espirituais para o bem ou para o mal.

Força Espiritual: Poderes e conhecimentos que um médium possui quando em transe e quando as Entidades que o protege têm. Quando possuem grande poder, são fortes e importantes no Plano Astral.

Fundamentos: Leis de Umbanda, suas crenças.

Fundanga ou (Tuia, na linguagem dos Caboclos): Pólvora quando usada para fazer descarrego. Por extensão, também se chama de Fundanga o ritual em que a pólvora é queimada num círculo de fogo, abrindo em espiral um portal de uma terceira dimensão. A pólvora funciona como um acelerador de partículas, libera gases e corta os cordões fluídicos negativos, afastando das pessoas que estão dentro do círculo os elementos negativos e as Larvas Astrais que se desintegram na corrente elétrica criada. Por ser um elemento magístico poderoso, só pode ser utilizada por entidades que tenham a permissão para fazê-lo, na presença do dirigente da casa.

G

Gaiola: Apartamento; viver em gaiola significa morar num prédio de apartamentos.

Ganga: “Nganga” é palavra de origem Kimbundo que significa mágico, feiticeiro ou vidente. Para os angola-congolenses é o chefe supremo, o Tata. O nome Ganga também denomina os chefes dos antigos terreiros cabindas.

Garrafada: Mezinha (remédio caseiro) preparada pelos guias. Consiste em colocar ervas maceradas, raízes ou pedaços de cascas de plantas em garrafa (em geral de vinho branco licoroso) para que fique descansando por um certo tempo e depois seja ingerida pelo doente para a cura de determinados males. Às vezes os guias recomendam que a garrafada seja enterrada por alguns dias antes de ser consumida. Quando para uso externo, a poção pode ser feita em álcool de cereal.

Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais. Pode ser definida para uma linha específica. Ex.: Gira de Caboclo, Gira de Exu.


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Griot: Pessoa responsável pela transmissão oral de histórias e costumes do povo africano. São sábios extremamente respeitados e também possuem atribuições magístico-religiosas. Muitos povos africanos são ágrafos; daí a importância dos griots.

Guia: Entidade espiritual, espírito superior. Alguns são o guia protetor do templo, outros do médium. Geralmente o guia do terreiro incorpora no dirigente espiritual do templo. colar ritualístico especial para cada entidade (adereço).

Guia de Cabeça: Orixá ou Entidade principal do médium, seu protetor.

Guia de Frente: O mesmo que Guia de Cabeça.

H

Hora Grande: Meia-noite.

Hora Pequena: Meio-dia.

Homem das Encruzilhadas ou Homem de Rua: Sinônimo de Exú.

Homem de Branco: Médico, Enfermeiro, pessoas ligadas à área da saúde.

Humaitá: É uma planície do Amazonas onde havia muitas tribos, de onde alguns caboclos que baixam na Umbanda hoje vieram, e na mitologia tupi era onde se consagrava o deus da guerra, protetor dos guerreiros, deus este que tem uma ligação muito forte com Ogum. Na Umbanda esta expressão se refere ao lugar onde os Caboclos de Ogum moram, similar a Aruanda e Matas, mas também determina um ponto de forças da linha.

I

Ibi: Lugar, chão, terra; por extensão de sentido, pode ser usado como sepultura.

Ilê: Casa, moradia, residência; por extensão, a palavra é usada para designar barracões onde se pratica o Candomblé.

Incorporar ou Incorporação: Processo de aproximação da entidade ao médium, onde a mesma assume o controle das funções motoras e de fala do médium, se utilizando delas para realizar passes, trabalhos e passar orientações, geralmente utilizando os Chakras Frontal (Ajna), Laríngeo (Visuddha) e Cardíaco (Anahata). Transe, possessão mediúnica.

Ita: Pedra de santo, pedra consagrada; às vezes os guias preparam “itas” que ficam ocultas no Peji para proteção da casa.

J

Jaci: Lua na fala de alguns Caboclos, principalmente os de Oxóssi e Xangô.

L

Legião: Exército de seres espirituais, o mesmo que Falange. Conjunto de seres espirituais de grande evolução. Conjunto de espíritos elementares em evolução.

Lei da Umbanda: A crença da Umbanda e seus rituais.

Letrado: Indivíduo que tem estudo ou diploma.

Linha: Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual. Um Orixá também chamado protetor e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa. Conjunto de falanges que se subdivide em uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana), etc. de cada Orixá ou entidade. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Ex.: Linha de Umbanda, Linha Branca, etc.

Linha Branca: Ritual visando unicamente o bem.

Lua Inteira: Corresponde ao período de um mês.

Lua Grande: Corresponde ao período de um ano.

M

Macaia: Mata, lugar onde os guias (principalmente os da linha de Oxóssi) trabalham e os médiuns podem fazer oferendas e/ou “retiros” para, em contato com a natureza, readquirir forças psíquicas. Pode significar também as folhas dessa mata.

Macumba: Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros. Nome que os leigos usam para denegrir a Umbanda. Nome que os leigos usam para designar “despacho” de rua (pejorativo).

Madrinha: O mesmo que dirigente espiritual, Mãe de Santo, Babá sacerdotisa. Termo utilizado na Umbanda para designar a Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.

Mandinga: Originalmente, nome de um povo do norte da África e da língua falada por ele. Por extensão e deturpação de sentido, passou a determinar certas rezas ou “feitiçarias” que esse povo, como os brancos alegavam, deveria praticar. Praga rogada em voz alta.

Manifestar: Ato do ser espiritual incorporar-se em alguém, tomar conta do corpo de alguém.

Marafo ou Marafa: Pinga, caninha, cachaça. Também usam Parati.

Matéria: Corpo ou parte material do homem, a mais afastada da pureza espiritual.

Mazela: Doenças, males físicos de que se sofre na Terra.

Médium: Pessoa que tem a faculdade especial de servir de intermediário entre o mundo físico e espiritual. Termo do espiritismo também adotado pela Umbanda.

Mesa Branca: Denominação dada as sessões de Espiritismo.

Mijo: Cerveja.

Mironga: Ssegredo, mistério, feitiço; conhecimento que alguns guias têm e usam para resolverem os problemas, sem que se possa entender como funciona.

Morubixaba: No sincretismo das religiões afro-brasileiras é nome que se dá aos guias ou entidades que incorporam em médiuns que assumem a direção espiritual de um Templo de Umbanda.

O

Obi: Fruto africano utilizado em alguns rituais, oferecido para agradar os Orixás e trazer benefícios a quem o oferece.

Odu: Destino.

Ofá: Arco e flecha empunhados por médiuns incorporados com Oxóssi em suas danças nos terreiros.

Ori: Originalmente é um Orixá pessoal, a força e a intuição espiritual própria (e única) de uma pessoa, mas, na prática, essa palavra é usada para designar a cabeça e, mais especificamente a coroa, o chacra coronal. Em alguns cultos também se diz OTI.

Orixá Cruzado: Entidade pertencente às duas linhas (direita e esquerda).

Orixá de Cabeça ou Orixá de Frente: Orixá principal do médium.

Orô: Preceito, costume tradicional que é repetido em alguns rituais, como, por exemplo, na coroação do médium.

Oxê: Machado de Xangô. É um machado de dois gumes que pode ser feito de madeira, cobre, bronze ou latão.

P

Padê: Oferenda para Exu no início das sessões ou festas, constando de alimentos, bebidas, velas, flores etc, a fim de que se afastem as perturbações nas cerimônias.

Padrinho: Dirigente Espiritual, Chefe de Terreiro, Pai-de-Santo ou Babalorixá. Termo utilizado na Umbanda para designar a entidade espiritual e/ou médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.

Parati: Aguardente (Exú, Zé Pilintra).

Passe: Ato da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos consulentes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc.

Patuá: Amuleto que se leva pendurado ao pescoço ou pregado na roupa. Antigamente eram saquinhos de couro ou de pano, com boca amarrada com cordão metálico, junto a uma conta de vidro da cor da divindade protetora. Atualmente são de forma quadrada ou retangular, em couro natural ou sintético, mas cores rituais, contendo Figas de Guiné, Búzio, Estrela de Salomão, etc; ou pedaços de ervas as vezes orações. PA=erradicar doenças, antídoto, TU = propiciar, WA = viver, existir (viver, sem doenças).

Peji: Altar; local do terreiro destinado aos elementos materiais (imagens, velas, flores, ervas, pedras, armas simbólicas) que servirão de portal para captar e irradiar aos fiéis as energias positivas e o magnetismo vindos das divindades. Os elementos devem estar consagrados de acordo com rituais específicos. Todo cuidado é pouco quando se toca nos objetos do peji.

Perna de Calça: Marido, namorado ou companheiro. Também usam Mulungo.

Pito: Cigarro, charuto ou cachimbo que as entidades fumam para, por meio da fumaça, descarregar seus médiuns da carga negativa que possa vir dos consulentes. Os caboclos guardam esse hábito da pajelança indígena, ritual que foi acrescentado ao culto dos Orixás africanos.

Ponteiro: Pequeno punhal utilizado em magias e em alguns rituais.

Ponto Cantado: Letra e melodia de cântico sagrado, diferente para cada entidade. É uma prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair as entidades espirituais, homenageá-las. Quando chegam e despedi-las quando devem partir. Assim os pontos podem ser apenas de louvor ou cantados com finalidades rituais durante determinadas cerimônias.


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Ponto Riscado: Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium incorporado identifica a entidade.

Porteira: Entrada do Templo.

Povo da Encruza: Exús e Pomba-Giras.

Povo de Rua: Exús e Pomba-Giras.

Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.

Proseado: Conversa com os guias; em geral tem uma conotação de aconselhamento moral, admoestação. Não é uma conversa social em que se discutirão banalidades.

Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um Ogã.

Q

Quimbas: Espíritos atrasadíssimos. São obsessores e apossam-se dos humanos ou “encostam-se” neles, dando-lhes ideias obsedantes de doença, males suicídios, etc. São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”, estão no sétimo e último plano da hierarquia espiritual, sendo vigiados e controlados pelos Exus.

Quizila: Antipatia, zanga, aversão, inimizade; muitas vezes, para não provocar quizila com os Orixás, os médiuns são obrigados a não ingerir certos alimentos.

R

Rabo de Saia: Esposa, namorada ou companheira na linguagem dos Pretos-Velhos e Exus. Também usam Mulunga.

Rábula: Termo com que se designam os que conhecem o Direito e exercem livremente a advocacia, sem que sejam legalmente formados por curso de nível superior. Na Umbanda, o Sr. Zé Pelintra é considerado rábula por conhecer as leis, mas não possuir diploma.

Receber: Entrar em transe. Incorporar uma entidade.

Receber Irradiação do Guia: Entrar em meio transe ou comunicar-se de algum modo com uma entidade superior.

Riscador: Pemba.

Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.

Roncó: Quarto de santo destinado à iniciação dos médiuns ou à realização de alguns rituais fechados.

S

Saravá: Usa-se como uma saudação nos terreiros, com o significado de “salve”, “seja bem-vindo”, “salve sua força”. A palavra que lhe deu origem é Salvar. Os escravos tinham dificuldade para pronunciá-la, e diziam “vamu salavar”, acrescentando uma vogal A depois do L. Sob a influência da fonologia banta, houve a troca da consoante L pelo R e a palavra passou a ser pronunciada “saravá”, com a perda do R final. Com o tempo, o verbo se tornou substantivo, como sinônimo de “culto”: hoje se diz: “vamos num saravá”.

Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.

Sinhazinha: Criança do sexo feminino, menina-moça.

T

Toco, Pavio ou Sebo: Vela.

Tomar Passe: Receber das mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau-olhado, encosto, castigo das entidades, etc.

Trabuco: Trabalho, emprego, ganha-pão. Trabucar é trabalhar.

Tuia: Pólvora.

Tupã: Olorum na fala alguns Caboclos, principalmente os de Oxóssi e Xangô.

Y

Yabás: Termo com o qual se designam as Orixás femininas: Yansã, Yemanjá, Oxum, Obá, Oyá, Nanã, Egunitá.

Z

Zambi: Olorum na fala dos Pretos-Velhos.

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A História do Atabaque

Em giras de Umbanda, é muito comum se ter presente o ataba­que, um instrumento lendário e de origem afro. Esse instrumento dá ritmo e axé aos cultos, possibilitando uma melhor incorporação e dando maior energia aos trabalhos.

AtabaqueO atabaque é um instrumento Sagrado, Consagrado e Firmado por Ori­­xás e Guias e tem uma força pode­rosa, que em uma gira faz toda a di­ferença.

Há três tipos de atabaque: Rum, Rum­pi e o Lê. O Rum é o atabaque maior, o Rumpi seria o segundo ataba­que maior, tendo como importância responder ao atabaque Rum, e o Lê seria o terceiro atabaque onde fica o Ogã que está iniciando ou aprendiz que acompanha o Rumpi. O Rum também é usado para dobrar ou repicar o toque para que não fique um toque repetitivo. Importante saber que cada atabaque tem suas obrigações a serem feitas, pois o atabaque praticamente repre­senta um Orixá.

Existem também outros tipos de componentes que se usam junto com os ataba­ques, como por exemplo, o agogô, chocalho, triângulo, pandeiro, etc.


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O tambor mais antigo foi en­contrado em uma escavação de 6.000 anos A.C. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco. Es­tes troncos eram cobertos nas bor­das com peles de alguns répteis, e eram percutidos com as mãos, depois foram usadas peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho.

De origem africana, o atabaque é usado em quase todos os rituais afro-brasileiros, típico do Candomblé e da Umbanda e de outros estilos relacio­nados e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na música ritual e religiosa são empregados para evocar os Orixás.

Fonte adaptada: www.planetaumbanda.com.br

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